Na Declaração Universal dos Direitos dos Homens (proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, após a Segunda Grande Guerra), existem alguns artigos onde o respeito à VIDA está registrado de uma maneira clara e bonita:
– ARTIGO 1: TODOS os Homens nascem livres e iguais em dignidade e direito. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.
– ARTIGO 3: TODO Homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
– ARTIGO 4: NINGUÉM será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante.
– ARTIGO 7: TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI.
São Palavras realmente bonitas, mas que parecem esquecidas e destituídas de qualquer valor, como se a própria vida humana estivesse se esvaziando de tudo o que a torna importante. São palavras que estão registradas no papel mas não conseguem encontrar abrigo na mente e no coração de todos nós. Até nem sabemos que elas existem como um documento oficializado pelas grandes Nações que nos governam. E as mesmas nações parecem não lembrar que o AMOR UNIVERSAL é muito mais do que simplesmente um jogo de palavras bonitas registradas e esquecidas num pedaço de papel que poucos sabem existir. Pois a única lei que o mundo segue é aquela que não está escrita em nenhum dos mais importantes documentos da Humanidade: é a lei da violência, da destruição e da exclusão. É como se um acordo mútuo tivesse sido feito, silenciosamente, para saber quem mais pode destruir e quem é o mais poderoso na “arte” de torturar seres humanos, atualmente, negando-lhes uma vida digna, através de salários dignos. Nossa civilização – inteligente e privilegiada – está se destruindo, como se fosse o seu destino caminhar para o caos.
O Criador, ao distinguir-nos dos animais, dotando-nos de sensibilidade e de inteligência, quis que fôssemos responsáveis uns pelos outros. Concedeu-nos um valor inestimável, oferecendo, além da inteligência, um planeta maravilhoso que pode suprir as necessidades básicas de TODAS as criaturas que aqui habitam.
A Natureza, apesar de agredida de todas as formas, ainda oferece com generosidade as suas dádivas. O dom da vida foi concedido gratuitamente a TODOS. Em nenhum lugar está escrito que estamos impedidos de praticar o BEM, em nenhum lugar encontraremos uma lei gravada, registrada, que nos obrigue a humilharmos o nosso semelhante, a considerarmo-nos superiores ou inferiores a qualquer outro ser humano.
A ignorância do AMOR fez com que criássemos uma sociedade, cujas normas tornaram a luta pela sobrevivência uma experiência cruel para a maioria das pessoas, que se transformam em feras na impossibilidade de desenvolverem todas as suas potencialidades, que vão muito além da mera satisfação dos instintos.
As grandes nações ( e as pequenas também ), estão destinando fundos cada vez maiores à produção de armamentos e diminuindo aqueles destinados à Educação, à Saúde… à VIDA! Estamos ficando insensíveis uns com os outros e nossas ações parecem impregnadas do maior descaso por tudo e por todos.
O ser humano precisa definir qual o objetivo que pretende alcançar: a evolução da sociedade como um todo ou a destruição de tudo quanto foi conquistado com o trabalho e a dedicação de todos aqueles que passaram por este planeta sonhando, amando e acreditando no sentido e na beleza da VIDA que lhes foi oferecida.
As leis e as palavras registradas no decorrer da História da Humanidade estão em todos os lugares para nos lembrar que não somos feras. No entanto, o gesto de AMOR não surgirá espontaneamente das palavras que falamos ou registramos nos nossos documentos ou livros. É um aprendizado que precisamos introduzir nas nossas vidas, incutir nas mentes das nossas crianças, para que elas cresçam respeitando a VIDA, como um direito para TODOS.
Enfim, o respeito à vida é a Grande Lei que jamais devemos esquecer e que precisamos transmitir às novas gerações, para que elas possam encontrar novos caminhos e para que jamais desistam de buscar soluções para os grandes problemas humanos. O ódio jamais poderá construir nada, mas o AMOR, tudo pode… se quisermos… se realmente quisermos!!!
Saleti Hartmann
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